Carlos Albarran
– Para poderem passar este portal para a dimensão mental, o Pedro tem de responder corretamente à minha pergunta. – diz o guardião do portal para a dimensão mental.
– Quem és tu, realmente? – pergunta o guardião.
– Eu sou o Pedro. – responde o Pedro.
– Quem és tu, realmente? – volta questionar o guardião.
– Então, eu chamo-me Pedro, nãõ é. – responde novamente o Pedro.
– Se a resposta fosse assim tão simples, muitos poderiam passar o portal, porém, só os que já possuem um bom discernimento a alguma sabedoria é que o podem passar. – refere o guardião.
– Quem és tu, realmente? – volta questionar o guardião.
– Eu sou ... – responde o Pedro, pausando e parecendo embaraçado.
E tu, que estás aí desse lado, quem és tu realmente? – pergunto-te eu.
Estás pronto para atravessar o portal?
– Vou ajudar-te. – diz o guardião.
– Pedro é um nome, o nome que te deram quando nasceste, quando reencarnaste. Tu és um nome? – questiona o guardião.
– Não, eu sou mais que o nome. – responde o Pedro.
– Então és o quê? És esse corpo, essa aparência? Certamente que não és o corpo físico, pois que o deixaste na tenda, e agora estás em corpo astral. És o corpo astral? – pergunta o guardião.
– Acho que não, certamente que sou mais do que corpo, ou corpos. – responde o Pedro, depois de refletir por uns momentos.
– És alma? – pergunta o guardião.
– Sim, devo ser. Mas o que é a alma? – pergunta o Pedro.
– Para compreenderes o que é a alma, tens que também saber o que é o espírito e o que são os corpos. – responde o guardião.
– Sabes o que é o espírito? – pergunta o guardião.
– Os espíritos não são os fantasmas, nem as pessoas depois de mortas, pois não? – pergunta o Pedro.
– Claro que não, isso são conceitos deturpados, veiculados por ignorantes. – responde o guardião.
– Vejo que, apesar das tuas capacidades telepáticas e intuitivas, o teu conhecimento esotérico
é escasso.
A vossa civilização ainda é pouco evoluída, muitos dos conceitos com que baseiam as vossas vivências estão errados, deturpados ou incompletos.
Vocês precisam de corrigir e afinar os conceitos para melhor se entenderem e viverem em maior harmonia com a sabedoria e a ordem
cósmica.
Queres que te explique o que são espírito, alma e corpo? – questiona o guardião.
– Sim, quero, por favor. – responde o Pedro.
– O ser humano integral é constituído por espírito, alma e corpo. Como podes verificar, fazendo uma pesquisa, a vossa
cultura tem conceitos díspares sobre estes assuntos.
Embora possa contrariar algumas das ideias que os vossos cientistas, religiosos e espiritualistas, têm sobre estes temas, vou expor o que eu
discerni e compreendi.
O corpo, os corpos, são a parte estruturada do ser, são as aparências formais.
Os seres têm 7 componentes: físico, emocional, mental, intuicional, concetual, mónada (comum) e espírito (uno).
A vossa humanidade já tem estruturados e individuados (diferenciados do coletivo grupal) os corpos, ou veículos, físico (o
mais antigo), emocional (astral) e mental (que é o que está atualmente a ser mais desenvolvido).
Todos os corpos têm um componente mais denso (concreto) e outro mais subtil (abstrato).
No físico, o denso é aquele que é visível e palpável, com a pele envolvendo o esqueleto e todos os órgãos internos, é o que é estudado nas escolas e tratado pelos médicos convencionais, é formado por sólidos, líquidos, gases e 'eletromagnetismo'; o subtil, é o 'etérico', constituído uma matriz (modelo para a estruturação do denso), canais energéticos (meridianos, nádis), sistema de chacras (vórtices energéticos) e núcleos de consciência.
No emocional, apesar de não ser propriamente um corpo bem definido, sendo antes um agregado de substâncias coloridas em movimento, também podemos considerar uma parte mais densa e outa mais subtil, que alguns designam por astral inferior e astral superior.
No mental, a mente concreta lida com informações tangíveis e observáveis, experiências sensoriais, fatos concretos e objetos físicos e vida prática; a mente abstrata é mais voltada para conceitos, ideias e símbolos, lida com o intangível e o imaginário, é criativa e filosófica.
No intuicional (búdico), a parte mais densa funciona no componente concreto e relativo do universo e a parte mais subtil, no componente abstrato e absoluto do universo.
No concetual, apesar de estar no componente absoluto e abstrato do universo, também podemos considerar um fator mais denso e outro mais abstrato; o mais denso corresponde à estruturação dos arquétipos e o abstrato às funcionalidades desses arquétipos.
No Comum, na monada, o mais denso é constituído pelas memórias, sintetizadas, acumuladas ao longo de todas as vivências do ser, desde que ele foi diferenciado no Uno, e o mais subtil, ao seu âmbito de consciência, perceção e manifestação.
No uno, o espírito é como um simples ponto, mas um ponto que pode conter e ser contido por todos os pontos a ele semelhantes.
Pronto, esta é uma breve apresentação dos componentes do ser, muito mais há para pesquisar, estudar e compreender. Estas imagens foram gradas pela IA (inteligência artificial) e não correspondem exatamente ao que eu pretendia mostrar, mas mesmo assim dá uma ideia de como são os corpos que ainda não conseguimos percecionar. Pedro, na internet há bastante informação sobre estes assuntos, é pena é ser superficial e por vezes distorcida, ou fantasiosa. De qualquer modo é útil pesquisares. – assim falou o guardião.
–Agora que já estás mais esclarecido, volto a perguntar-te: Quem és tu, realmente?
– Eu sou um rapaz que tem 7 corpos, um visível e os outros invisíveis. – responde o Pedro.
– Perguntei-te quem és, não o que tens. –replica o guardião.
– Então, sou um ser integral constituído por espírito, alma e corpo (ou serão corpos?). –responde o Pedro.
– Está melhor, ainda te falta alguma compreensão, mas é aceitável. Podem passar. –autoriza o guardião.
– Mudaste de aspeto! – refere o Pedro.
– Sim, altero o meu aspeto para lidar melhor com as situações. – esclarece a guardiã.
– A Fifi e o meteorito também podem vir? – pergunta o Pedro.
– Sim, podem passar, o meteorito está intimamente ligado à sua mente grupal, por isso tem acesso à sua sabedoria, à éones (imensurável período de tempo) acumulada, e a Fifi, apesar de ainda não ter as tuas capacidades mentais, é uma gata muito tranquila e inteligente, que certamente se vai comportar bem, toma conta dela. – responde a guardiã.
– Obrigado. – respondem todos.
– Têm a minha autorização, mas para conseguirem passar o portal precisam de elevar as vossas frequências vibratórias até atingirem a frequência do portal. – avisa a guardiã.
– Como é que elevamos as frequências vibratórias. – pergunta o Pedro.
– Todos nós vibramos em determinadas frequências, o modo como vivemos e a evolução que temos, determinam as frequências mais dominantes, porém os pensamentos e sentimentos afetam as frequências, os positivos elevam-as e os negativos rebaixam-as.
Há também algumas práticas que ajudam a elevar as frequências:
Meditação - ajuda a acalmar as emoções, a concentrar a mente e a conectar-se com energias mais elevadas.
Movimento do corpo - exercícios físicos e movimento ajudam a liberar energia estagnada e aumentar a vibração.
Respiração integral - respirar profundamente, expandindo o abdómen seguido do peito e expirar completamente. Ajuda a oxigenar
o corpo, reduzir o stresse e promove relaxamento.
Alimentação consciente - prestar atenção ao que come e como come, mastigar bem, parar quando estiver satisfeito.
Mas para se conseguir fazer qualquer coisa, o fundamental é ter a intenção de a fazer.
– Então vamos meditar para elevar as frequências? –pergunta o Pedro.
– Eu medito muito bem. –diz a Fifi.
– Sim, é o melhor a fazer agora. mas há um pormenor que ainda não vos disse. Na dimensão mental funciona-se com o corpo mental, o astral não tem qualquer possibilidade de lá entrar, por isso têm de deixar aqui os vossos corpos astrais, nós tomamos conta deles, somos guardiões! Também tiveram que deixar o corpo físico na dimensão física, não foi? - esclarece a guardiã.
– Sim, vamos a isso. – respondem o Pedro, a Fifi e o meteorito.
– Sentem-se aqui, relaxem, focalizem-se na intenção de saírem do astral e ficarem no mental, mantenham-se perfeitamente calmos, sabendo que as vossas frequências vibratórias se vão elevar. – instrui a guardiã.
– Mas ainda não disseste o que é a alma e o que é o espírito! – exclama o Pedro.
– Tens razão, é melhor dizer-vos já, antes de passarem o portal. – responde a guardiã.
– Vou começar pelo espírito, se compreenderem o que é o espírito, mais facilmente compreendem o que é a alma. – diz a guardiã.
– Como já referi à pouco. "O espírito é como um simples ponto, mas que pode conter e ser contido por todos os pontos a ele
semelhantes.".
Vamos lá tentar compreender isto: O que é um ponto? O ponto é algo imensurável, não tem tamanho, nem forma, nem peso. É impossível
perceciona-lo, sejam quais forem os órgão dos sentidos que se utilizem, mesmo os mais subtis. É invisível, por isso para o representar
desenha-se uma cruz. No entanto existe, é mais que uma abstração, o ponto é uma 'localização' no movimento-espaço-tempo.
Assim é o espírito, uma presença no movimento-espaço-tempo.
O ponto, como não tem tamanho, pode conter em si todos os pontos que estejam presentes no mesmo movimento-espaço-tempo.
Mas o espírito é bem mais que um simples ponto, é vida consciente e inteligente.
O espírito é vida e o objetivo da vida é viver, viver é movimentar-se, o primeiro movimento do espírito é a expansão de si
mesmo.. Ao se expandir, o espírito emana pontos espirituais a si semelhantes, que vão até uma periferia, formando uma esfera.
Esta é a primordial manifestação do espírito. Mas para ser consciente, tem de percecionara sua manifestação, o que foi
emanado retorna ao centro, sintetizando toda a informação nesse centro espiritual. Com base nessa informação, que se torna memória, é
projetada uma nova manifestação. E o ciclo repete-se, adaptando inteligentemente cada nova manifestação ao conhecimento
adquirido. O ir à periferia e retornar ao centro, gera uma vibração. A repetição dessa vibração estabiliza o corpo. Esse é o primeiro corpo do
ser, o corpo monádico. ou mónada. O movimento gera energia, energia que vai do centro à
periferia e retorna ao centro. Mas a energia é o próprio espírito em expansão, e o espírito é consciente, portanto essa energia também é
consciente, a essa energia consciente e inteligente, chamamos alma.
Temos portanto: a essência central - espírito, a energia em movimento - alma e a forma criada - corpo.
Todos estes componentes do ser são conscientes e inteligentes. Porém a consciência espiritual é abrangente e considera tudo como essência
espiritual; a consciência anímica é dual, considera o centro como essência espiritual e a periferia como forma, e considera-se a si mesma como
energia; a consciência corporal apenas tem alguma noção da energia e das formas por ela estruturadas.
Portanto para a consciência espiritual, tudo é espírito, essência, que preenche todo o espaço-tempo-movimento. Assim, o espírito é simultaneamente um espírito e todos os espíritos, pois que todos os espíritos são a emanação do espírito criador deste universo.
Diferenciações graduais acontecem no nível espiritual, tornando cada espírito mais consciente de si mesmo e proporcionando-lhe progressiva autonomia.
Cada um desses espíritos, reproduz o funcionamento do espírito central, gerando a sua própria esfera (corpo monádico) e alma.
Assim se reproduzem os seres no Ser.
Portanto, o espírito gera a alma e a alma estrutura o corpo.
E este processo reproduz-se quase infinitamente, criando quase infinitos seres.
Variados tipos de comunicações são estabelecidas entre os seres, alguns seres ligam-se a outros seres, gerando seres mais complexos, e as
ligações também se tornam mais complexas, criando toda a espécie de seres, desde os mais simples aos mais complexos.
Seres dentro de seres.
Ser humano, é uma etapa no desenvolvimento dos seres.
Espírito é a essência central do ser, alma é a energia que vai do centro (espírito) à periferia e retorna ao centro e o corpo é essa periferia estruturada e mantida pela alma. – assim explica a guardiã.
– O espírito é um mistério, é um quase nada que é quase tudo!
O infinito concentra-se num ponto, para criar um universo. Um ponto auto-consciente, um espírito, que contém em si as potencialidades do infinito. Infinitos universos pode coexistir no infinito.
Toda a criação parte do infinito para o finito, do absoluto para o relativo, do abstrato para o concreto, do simples para o complexo. – diz a guardiã.
– A alma é feita de espírito e o corpo é feito de alma.
Se o corpo é extremamente complexo, estruturado com órgãos, feitos com células, feitas com moléculas, feitas com átomos, feitos com
micro-partículas; a alma também o é, pois que é a alma que estrutura o corpo.
Cada corpo, cada órgão, cada célula, cada molécula, cada átomo, cada micro-partícula tem o seu núcleo coordenador, esse
núcleo tem a função de coordenar o seu sistema, seja ele relativamente pequeno ou grande, e de estabelecer as corretas relações com os
outros sistemas. Cada sistema é composto por aparência corporal, energia anímica e essência espiritual.; funcionando com
os 3 níveis de consciência: corporal (aparência periférica), anímica (energia em movimento) e espiritual (essência viva).
O espírito é o coordenador central, mas a sua coordenação é efetuada através da alma, é a alma que estrutura, mantém e transforma o corpo.
Portanto podemos dizer que cada sistema, além do seu corpo, relativamente diferenciado, tem também a sua própria alma e o seu próprio
espírito, porém, como já vimos, o espírito tem a capacidade de ser um e de ser todos, simultaneamente, e a alma, além de coordenar o seu
sistema, também se liga às almas dos outros sistemas em que está integrada.
O humano é constituído por sistemas, dentro de sistemas dentro de sistemas, ... As almas de cada sistema ligam-se umas às outras para
constituírem a alma humana; e a alma de cada humano liga-se às almas dos outros humanos para constituir a alma da humanidade; e todas as
almas se interligam para constituir a alma universal.
Mas é o espírito, com a sua capacidade de ser simultaneamente diferenciado e universal, que mantém a coesão em todos e no todo.
É esta consciência espiritual, que existe em tudo e todos, que liga hierarquicamente todos os sistemas, que mantém a ordem
universal.
Vidas na Vida, seres no Ser, consciências na Consciência. – explica a guardiã.
– Gostaram da explicação, compreenderam? Bem sei que são assuntos pouco usuais e que existem conceitos diversos sobre eles, aqui aprofundei
um pouco, mas há muito mais para investigar e compreender.
E nenhum ensinamento ou conhecimento se compara à intuição e à experiência direta.
Desenvolvam as vossas capacidades meditativas e certamente irão compreender mais e melhor. – acrescenta a guardiã.
– Agora vamos preparar-vos para a travessia do portal.
Como se devem lembrar, disse-vos que na dimensão mental funciona-se com o corpo mental, por isso têm de deixar aqui os vossos corpos astrais.
Têm de entrar em profundo estado meditativo (sem adormecer) para conseguirem passar para a dimensão mental e voltarem com, pelo menos,
algumas recordações do que aí vivenciarem.
Também têm de se libertar de expectativas e desejos, pois que os desejos prenden-vos ao emocional (astral). Convém que compreendam as
diferenças e semelhanças entre desejo e querer.
Desejo (Emocional):
Querer (Mental):
Desejo (Emocional):
Querer (Mental):
Desejo (Emocional):
Querer (Mental):
Embora desejo e querer sejam forças poderosas que impulsionam o comportamento humano, eles têm origens, características e naturezas distintas. O desejo emerge do domínio emocional e instintivo, enquanto o querer se origina do raciocínio mental e deliberado. Compreender essas diferenças pode ajudar a equilibrar emoções e raciocínio, levando a decisões mais integradas e harmoniosas.
– Achas que eles vão conseguir ficar em meditação profunda e atravessar o portal ?
Eu sei que vão conseguir e que entram numa grande aventura, porque a viagem do Viajante das Estrelas é quase infinita.
Queres acompanhá-los nessa nova aventura?
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